ABDI-GB
A ABDI foi a primeira associação profissional de Desenho Industrial, fundada nos anos 1960. Em 1976 foi eleita uma diretoria regional no Rio e, logo, um grupo de trabalho para elaborar um projeto de regulamentação da profissão.
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ADG Brasil
Associação dos Designers Gráficos
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Aloisio Magalhães
Pernambucano (1927–1982), em 1946 ingressa na Faculdade de Direito do Recife, onde começa a se dedicar ao teatro amador, e logo depois à pintura. Em 1954, começa sua vivência em design, no Recife, com O Gráfico Amador – editora e gráfica experimental organizada por ele e Gastão de Holanda, José Laurenio de Melo, Orlando da Costa Ferreira, além ter tido a participação de João Cabral de Melo Neto e Ariano Suassuna.Em 1957, visita algumas escolas americanas de artes e design – herdeiras da filosofia da Bauhaus – em Harvard e Chicago mas, sobretudo na Philadelphia, teve contato com as experiências relacionadas ao design modernista de influência europeia e tornou-se próximo de Eugene Feldman – professor e diretor do departamento de design tipográfico da escola e museu de artes industriais da Pensilvânia (Pennsylvania Museum & School of Industrial Arte). Em 1960 funda, no Rio de Janeiro, o escritório de projetos MNP – iniciais dos sobrenomes dos sócios: Aloísio Magalhães, Luiz Fernando Noronha e Artur Licio Pontual (os dois últimos, arquitetos) e, a partir de 1961, deixa de lado a pintura para se dedicar ao design. A formação inicial do escritório é desfeita em 1962, passando a ser Aloísio Magalhães Programação Visual e Desenho Industrial; ano em que passa a integrar o grupo criado pelo governador da Guanabara, Carlos Lacerda, para a criação da Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro –ESDI; e em dá aulas de tipografia experimental, com Alexandre Wollner, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 1964 ganha o concurso para criação do símbolo do 4º Centenário da Cidade do Rio de Janeiro, que inaugura a relação da cidade com marcas modernas.
Sobre Aloísio Magalhães e Alexandre Wollner, ver Biblioteca.
Sobre Aloísio Magalhães ver Depoimentos (De Joaquim Redig e outros).
Alexandre Wollner
Paulistano (1928 – 2018), foi aluno do IAC – MASP de 1951 a 1953 e pertenceu ao grupo de artistas concretos de São Paulo, tendo obtido dois prêmios em 1953. No mesmo ano, conhece Max Bill que estava em São Paulo, e recebe o convite para ingressar na Escola Superior da Forma de Ulm, onde frequentou o departamento de Comunicação Visual de 1955 a 1958. Ao chegar na Alemanha, em julho de 1954, começa a trabalhar com Otl Aicher, no Estúdio 5 que funcionava dentro da escola, e fez projetos para as empresas Braun e Lufthansa. Ao voltar ao Brasil criou – juntamente com Geraldo de Barros, Ruben Martins e Walter Macedo – a FormInform, primeiro escritório design no país (em São Paulo), participando também da criação da Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro – ESDI, onde foi professor por muitos anos. Como designer gráfico criou algumas das marcas mais conhecidas no Brasil de sua época – tais como Itaú, Sardinhas Coqueiro, Elevadores Atlas, Eucatex, Klabin, entre outras – e estabeleceu a cultura e os princípios da manualização dos sistemas de identidade visual.
Sobre Alexandre Wollner, ver Biblioteca.
Almir Mavignier
Pintor e artista gráfico carioca (1925), inicia seus estudos com Arpad Szenes, Axl Leskoschek e Henrique Boese em 1945, no Rio de Janeiro. Em 1946 funda o Ateliê de Pintura e Modelagem da Seção de Terapêutica Ocupacional do Hospital Psiquiátrico do Engenho de Dentro, com a psiquiatra Nise da Silveira.Em 1949, participa do primeiro grupo de arte abstrata do Rio de Janeiro, com Ivan Serpa, Abraham Palatnik e Mário Pedrosa. Em 1951, viaja para Paris onde frequenta a Académie de La Grande Chaumière, faz contato com Mary Vieira e Max Bill e acaba ingressando na Escola da Forma de Ulm. Na Alemanha, entre 1958 e 1964, participa do movimento de vanguarda Grupo Zero. Em 1960, projeta e organiza a primeira mostra internacional de op art na Iugoslávia. Foi professor de pintura em Hamburgo, Alemanha, entre 1965 e 1990.
Álvaro
Álvaro Guimarães de Almeida, é designer, formado em Desenho Industrial pela PUC Rio, 1979. Integrou a Fundação de Tecnologia Industrial – FTI, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) de 1980 a 1983, e o Instituto Nacional de Tecnologia – INT de 1983 a 2011. No INT assumiu a chefia da Divisão de Desenho Industrial – DvDI de 2006 a 2011.
Anped
Associação Nacional de Pesquisa em Design
APDINS RJ
Associação Profissional de Desenhistas Industriais de Nível Superior do Rio de Janeiro
Sobre APDINS RJ ver Biblioteca
Augusto Rodrigues
1913 – 1933. Artista plástico e arte-educador. Foi pintor, desenhista, gravador, ilustrador, caricaturista e fotógrafo. Pioneiro na criação das escolinhas de arte para crianças, fundou a Escolinha de Arte do Brasil em 1948..
Bauhaus
Escola de Artes, Arquitetura e Design – pois voltava-se para o sentido maior de Construção –, que funcionou na Alemanha de 1919 a 1933. Congregou, entre seus professores, importantes artistas, arquitetos e criadores de vanguarda, que fixaram algumas diretrizes estéticas que iriam prevalecer em todo o mundo durante o século XX, lançando as bases do modernismo e do estilo internacional.
Bia Campos
Arquiteta, havia trabalhado no escritório PVDI.
Bitiz Afflalo (Maria Beatriz Afflalo Brandão)
Designer formada pela ESDI em 1973, Mestre e Doutora em Urbanismo pelo PROURB/FAU/UFRJ. Atuou por mais de 30 anos em projetos de design gráfico e de produto, especialmente em projetos de equipamentos de uso público, como mobiliário urbano, exposições, sistemas de sinalização e mobiliário escolar. Foi professora de cursos de design nas Faculdades Integradas Silva e Souza (onde foi diretora) e da UFRJ. Foi uma das fundadoras da associação profissional APDINS e presidente na gestão 1985-1988. Teve relevante vínculo profissional com Karl Heinz Bergmiller, com quem trabalhou no IDI/MAM, em trabalhos pontuais da empresa de mobiliário Escriba e na Alberflex.
Bosísio
Arthur Bosísio. Designer gráfico formado pela ESDI em 1970. Fez mestrado em Comunicação, dirigiu a Editora Senac Rio e hoje dedica-se à atividade de ceramista.
Cacaso
Antonio Carlos Brito. Poeta e letrista, pertenceu à “geração mimeógrafo”, responsável pela “poesia marginal”. Formado em filosofia, lecionou literatura na Puc, mas também tinha talento para o desenho e a caricatura.
“Cacaso foi um incentivador, partícipe e teórico dentro desse movimento da poesia marginal. Parte da turma que formou Nuvem Cigana [grupo que, nos anos 1970, reunia poetas, artistas, fotógrafos e cineastas underground] foi aluna de Cacaso no curso de letras da Puc, ou frequentou suas aulas na ESDI, seus cursos livres no Parque Laje, ou frequentava sua casa na condição de amigos” (José Joaquim Salles em Cine Festivais).
Sobre Cacaso ver arquivo de Cacaso na Casa de Rui Barbosa, onde encontram-se documentos e recibos referentes a ESDI
Canabrava
Euryalo Cannabrava (1906 – 1981). Formado em Direito, fez cursos de filosofia nas universidades americanas de Columbia, Chicago, San Francisco e Los Angeles. Foi professor de Filosofia do Colégio Pedro II e professor visitante de Teoria do Conhecimento na Universidade de Columbia. Entre as décadas de 1940 e 1960, foi editor estrangeiro da Revista Philosophy and Phenomenological Research, publicada pela International Phenomenological Society. Foi o único filósofo brasileiro apontado como fellow, por dois anos consecutivos (1944-1945), da prestigiosa John Simon Guggenheim Memorial Foundation nos Estados Unidos. Na ESDI, lecionava Iniciação Metodológica à Tecnologia e coordenava o setor de Introdução à Lógica e à Teoria da Informação.
Carmem Portinho
Carmen Velasco Portinho (1903 — 2001). Foi a terceira mulher a se graduar em engenharia pela Escola Politécnica da Universidade do Brasil (atual UFRJ) em 1925, e a primeira mulher a ganhar o título de urbanista. Feminista destemida, lutou incansavelmente pela igualdade entre homens e mulheres e pela valorização do trabalho feminino fora da esfera doméstica. Em 1919, lutou junto de Bertha Lutz pelo direito ao voto feminino. Foi uma das fundadoras e vice-presidente da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, e a única professora mulher do Colégio Pedro Segundo quando o mesmo era um internato masculino.
Recém formada, em 1926, ingressou na Diretoria de Obras e Viação da Prefeitura da Capital Federal, onde sofreu preconceito e enormes desafios.
Casou-se no início dos anos 1930 com médico Gualter Adolpho Lutz, irmão de Bertha Lutz, do qual se separou poucos anos depois, casando-se novamente com Afonso Eduardo Reidy, importante arquiteto modernista brasileiro que projetou o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, onde Carmem também trabalhou como engenheira responsável. Foi diretora da ESDI por 20 anos.
Colegas de Turma
Nair de Paula Soares, Marina Hochman, Susana Bartolo e Suzana Valadares, Maria Carmem Coelho de Magalhães Ribeiro (turma 1972).
Ver esdianos com conclusão em 1972 (Obs: Na lista de esdianos, Eliana consta como Eliana Quartin Pinto, seu nome de casada.)
Humberto de Souza Machado (turma 1973).
Ver esdianos com conclusão em 1973
Ciped
Congresso Internacional de Pesquisa em Design
(teve sua 6ª edição em 2011)
Daisy Igel
Arquiteta brasileira, de origem austríaca, formada na New Bauhaus, nos Estados Unidos, de vertente menos sistemática e racionalista (mais intutiva) que os professores da corrente Ulmiana, lecionou Metodologia Visual nos anos 1966 e 1967, substituindo Decurtins e deixando legado controverso.
Sobre Daisy Igel ver Depoimentos (de Marilena Carvalho).
Der Spiegel
Revista semanal alemã, fundada em 1947.
Diva Pires Ferreira Bonney (por ela mesma)
Aos 17 anos queria ser arquiteta. Mas havia pouco dinheiro em casa. Então comecei a trabalhar com 18 anos quando ainda estava na Escola Normal. No O GLOBO como repórter. De lá fui para a TV TUPI. Já estava na PUC fazendo a Escola de Sociologia e Política quando fui nomeada professora primária do Estado. Fui dar aulas numa escola em Braz de Pina. Meu namorado, formado em Matemática, me convidou para fazer nas férias, um curso de computação. Fiz o curso, concorri e ganhei uma bolsa de estudos para USA. Durante os seis anos seguintes, casei, tive dois filhos e fui analista de sistemas do IBGE, programando o CENSO de 1960 no primeiro computador comercial de grande porte no Brasil. Quando o trabalho virou rotina, pensei em voltar à Universidade para então fazer arquitetura. E, grande revelação, descobri a ESDI. Optei por Desenho de Produto. Terminei o curso em 1971. Desde o 1o ano da ESDI fiz projetos de DI com José Abramovitz. De 1973 a 1975 voltei ao jornalismo para o ganha-pão na Editora Block. Em 1975 fui convidada por Itiro Iida para fazer parte do grupo de Desenho Industrial da STI/MIC. Enquanto estive lá, fiz pós-graduação latu senso em Ergonomia na FGV/RJ e depois o mestrado em Engenharia de Produção na COPPE/UFRJ. De 1979 a 1989 dirigi o Departamento de Desenho Industrial do INT. Durante este período fizemos pesquisas de campo na área de Ergonomia e dezenas de projetos de produto. Posteriormente diz um PhD na Inglaterra onde reuni minha experiência em educação, computação e design numa tese onde o tema principal é o design de software para educação.
Domingos
Domingos Manfredi Naveiro era Engenheiro pela UERJ (1979), mestre (1993) e doutor (2003) em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ. Foi pesquisador do Instituto Nacional de Tecnologia, sendo seu diretor no período de 2007 a 2015, e estando a frente da Divisão de Desenho Industrial até 2007. Foi professor do Curso de Desenho Industrial da PUC Rio. Fez parte do Conselho deliberativo do CNPq e dos Conselhos de Tecnologia da FIESP e FIRJAN.
Eliana Formiga
Graduada em Desenho Industrial pela ESDI – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1972), fez especialização em Desenvolvimento para Alta Gerência na UniverCidade, mestrado em Design pela PUC-Rio e doutorado, também em design, n alinha de pesquisa de Ergonomia Informacional no mesmo programa. Foi professora na UFRJ e na UniverCidade; por 12 anos foi coordenadora do curso de Design da ESPM-Rio, onde lecionou até 2022; e, na mesma instituição, foi professora do curso de Mestrado Profissional em Gestão da Economia Criativa. Tem experiência nas áreas de ergonomia, design informacional, design gráfico, design de embalagem e editorial. Atualmente também se dedica à cerâmica.
ENDI
Encontro Nacional de Desenho Industrial (teve 3 edições: Rio, 1979; Recife, 1981; Bauru, 1983).
Ernst Moeckl
Alemão (1931 – 2013), estudou design de produto na Escola da Forma de Ulm (Hochschule für Gestaltung – HfG) entre 1954 e 1959 e, a partir de 1960, abriu sua empresa de design em Stuttgart. Em, 1958, ainda em Ulm, projetou com Bergmiller uma poltrona desmontável – a SBM 680 –, que foi produzida pela Wilde + Spieth. Também enquanto estudante, projetou com seu professor, Max Bill, a maçaneta que seria usada no prédio da escola e ficaria conhecida como a “maçaneta de Ulm”, produzida pela Johannes Potente. Seus talheres foram produzidos pela Carl Mertens, e fez vários projetos de câmeras e equipamentos para a Rollei-Werke Franke & Heidecke, mas seu trabalho mais conhecido é a cadeira Kangaroo (1968), com ou sem braço, produzida em uma única peça de plástico injetado pela empresa Horn.
Escola Parsons
Parsons School of Design, ou The new School – Parsons, é uma escola americana de design situada em Nova York, NY. Criada em 1896, é considerada e uma das melhores escolas de Design do mundo. Abrange diversos programas na área, que vão desde Arquitetura até Design de Moda. Entre seus alunos notáveis estão Donna Karan, Marc Jacobs e Ai Weiwei.
Escola Superior da Forma de Ulm
Hochschule für Gestaltung Ulm (HfG) – foi uma escola de design e arquitetura, de forte caráter racionalista, funcionalista e industrialista, fundada em 1953, na cidade alemã de Ulm, com o intuito de dar continuidade ao legado de outa escola alemã – a Bauhaus –, fechada pelo nazismo. O projeto de Ulm inspirava-se em conceitos de educação, política, pedagogia e design; e suas especialidades eram Informação, Comunicação Visual, Desenho de Produto, Construção Industrializada e, mais tarde, Cinema. Foi a principal referência pedagógica de cursos de design brasileiros como o da ESDI. Segundo NOBRE (2008), 10 brasileiros frequentaram a Escola de Ulm, entre eles: Alexandre Wollner, Almir Mavignier, Mary Vieira, Frauke e Elke Koch-Weser. Por causa do relacionamento que tiveram com Karl Heinz Bergmiller, este designer alemão vem morar no Brasil, ajudando a criar o projeto da ESDI. A escola teve vida curta, fechando em 1968, por motivações políticas e financeiras.
Sobre NOBRE (2008), ver Biblioteca.
Sobre Alexandre Wollner e Almir Mavignier, ver Biblioteca.
Sobre Karl Heinz Bergmiller, ver Depoimentos (do próprio, de Bitiz Afflalo e Silvia Steimberg, e outros).
ESDI
A Escola Superior de Desenho Industrial, hoje o curso de Design da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, foi criada pelo governador Carlos Lacerda como uma instituição isolada, pertencente à Secretaria de Educação e Cultura do antigo Estado da Guanabara, em dezembro 1962. Seu principal propósito era posicionar o estado no bojo das vanguardas modernistas que já despontavam na arquitetura e nas artes brasileiras, e no processo industrial nacional. Seu curso foi pensado a partir do modelo da Escola Superior da Forma de Ulm (Hochschule für Gestaltung Ulm) – instituição funcionalista alemã, fundada nos anos 1950 –, e começou a ser concebido por um grupo de trabalho criado em 1962 pelo Secretário de Educação e Cultura do Estado da Guanabara, Flexa Ribeiro, que incluía o professor de desenho Lamartine Oberg e o arquiteto Maurício Roberto. O currículo inicial foi modificado após a participação do professor Joseph Carreiro, diretor do Departamento de Industrial Design do Philadelphia Museum College of Art e, uma vez mais, depois da entrada no grupo de: Karl Heinz Bergmiller e Alexandre Wollner – ambos designers formados pela Escola de Ulm –; Orlando Luiz de Souza Costa formado pela Parson School of Design de Nova Iorque; e Aloísio Magalhães. No primeiro vestibular, em 1963, inscreveram-se 227 candidatos, que começaram suas aulas no segundo semestre. Daqueles 30 selecionados: 27 brasileiros e 3 estrangeiros, 25 homens e 5 mulheres, 10 vindos do ensino médio, e entre os já formados, 6 eram arquitetos e 3 vinham das belas-artes.
Sobre a ESDI, ver Biblioteca e http://www.esdi.uerj.br/
Sobre Alexandre Wollner, ver Biblioteca.
Sobre Karl Heinz Bergmiller, ver Depoimentos (do próprio, de Bitiz Afflalo e Silvia Steimberg, e outros).
Flávio de Aquino
Catarinense (1919 1987), formou-se em arquitetura, mas teve atuação mais relevante como crítico e historiador da arte, escrevendo para jornais e outras publicações. Foi diretor da ESDI de 1965 a 1966, e professor da mesma instituição de 1963 a 1987, onde lecionou Iniciação à Cultura Contemporânea e História da Arte. Também atuou como professor na Faculdade de Arquitetura da UFRJ.
forminform
Criado em 1958, na cidade de São Paulo, pelos artistas Geraldo de Barros e Rubens Martins em parceria com o publicitário Walter Macedo, o forminform (grafado em letras minúsculas) foi o primeiro escritório de design do Brasil. A seguir, Alexandre Wollner se associa à eles e, posteriormente, Karl Heinz Bergmiller passa a colaborar com o escritório, onde ambos tiveram a sua primeira oportunidade de aplicar no Brasil os ensinamentos da Escola Superior da Forma de Ulm, como a noção de que o design não é voltado apenas para meios visuais mas também para o desenvolvimento de produtos. Foi também o primeiro escritório a aplicar o procedimento de criação de símbolos que não utilizam os nomes dos produtos, conforme aprendizado desenvolvido na escola alemã. Os projetos do forminform tinham uma estética funcionalista, em que o produto se adequa à função, contando com formas simplificadas e austeridade. Mais tarde, o escritório também contou com a contribuição de Ludovico Martino, German Lorca e Décio Pignatari.
Frank Lloyd Wright
Arquiteto americano (1867-1959), mas também designer de interiores, escritor e educador, foi considerado um dos “maiores arquitetos americanos de todos os tempos” e foi um dos mais importantes do século XX. Seu trabalho ficou conhecido pelos estilos Pradaria e Arquitetura Orgânica, sempre com harmonia entre a arquitetura com o entorno. Autor da frase “A forma e função são uma só”, Wright teve grande influência no Design Moderno, principalmente por pensar a arquitetura a partir de sua funcionalidade, encarando o projeto como algo individual que respeita tanto a localização quanto a finalidade, construindo ambientes humanos e expressivos. Entende a casa/construção como sendo uma obra total, integrando design e arquitetura.
Frauke e Elke Koch-Weser
Brasileiras filhas de pai alemão, frequentaram a Escola de Ulm entre 1955 e 1962. A primeira, casou-se com o arquiteto suíço Decurtins, que estudava na mesma escola, e que viria a atuar como professor da ESDI. A segunda foi reconhecida professora na Universidade de Roma onde lecionou Estatística Social. Suas publicações promovem reflexões sobre os problemas metodológicos de medição em pesquisa social e a elaboração de estatísticas oficiais, bem como tópicos-chave no domínio da mídia de massa, lazer, uso do tempo e gênero.
Freddy Van Camp
Graduou-se em design pela ESDI, onde estudou de 1965 a 1968. Na mesma escola foi professor de 1982 a 2021 e diretor em duas gestões (1992-1996 e 2000 a 2004). Posteriormente, coordenou a implantação do campus regional de Petrópolis, onde implantou o curso de Arquitetura e Urbanismo. Tem experiência na área de Desenho Industrial, com ênfase em Desenho Industrial, atuando principalmente nos seguintes temas: design, desenho de produtos, mobiliário, mobiliário de escritório e comunicação visual. Tema ampla experiência em gestão de design. Atua em política de design, sendo um ativo defensor da regulamentação da profissão.
Frederico de Moraes
Crítico de arte mineiro, mudou-se para o Rio de Janeiro em 1966, quando começou a escrever para o Diário de Notícias. Teve presença importante na década de 1970, quando – em resposta à repressão – surgiu o que chamou de “contra-arte” ou “arte de guerrilha” e também a “nova crítica”. Começa a dar aula na ESDI em 1967.
Gramsci
Antonio Gramsci (1891 – 1937), foi um filósofo, jornalista, historiador, político, linguista e crítico literário italiano. Foi um dos co-fundadores do Partido Comunista Italiano e acreditava na revolução proletária com uma tomada de poder antecedida por uma mudança de mentalidade, em que a escola e os intelectuais fossem os principais agentes dessa mudança.
Glaucio Campelo
Graduado pela ESDI – Escola Superior de Desenho Industrialda Uerj (1972), foi membro da equipe do IDI/MAM Instituto de Desenho Industrial do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1970 a 1975), coordenada por Karl Heinz Bergmiller e Goebel Weyne. Nesta equipe, colaborou nos projetos Manual para o Planejamento de Embalagens MIC-STI/IDI-MAM e Mostra da Produção Tecnológica Nacional IPT São Paulo, e participou do design de montagem das exposições “Desenho Industrial 70” e “Desenho Industrial 72”, Bienais Internacionais do Rio de Janeiro.
Foi membro da equipe da Assessoria de Desenho Industrial da Secretaria de Estado de Transporte RJ em 1976/77. A partir de 1976 realizou projetos para Jornal do Brasil, Foco Feiras Exposições e Congressos, Ministério das Relações Exteriores, NOVACAP, Syma System.
Elaborou o programa de design de interiores (layout de mobiliário e sinalização) para o edifício sede da filial Rio da IBM do Brasil em 1979. Integrou a equipe do MAM Rio de Janeiro como designer de montagem de exposições em1980. De 1981 a 1986 coordenou a Divisão de Comunicação Visual do Banco Nacional S.A. para a implantação do projeto de Identidade Corporativa para o Banco e empresas coligadas, realizado por PVDI.
Em 1998, com Freddy Van Camp, Pedro Luíz Pereira de Souza e Suzana Valladares, foi curador da exposição “Mostra Internacional de Design – Design, método e industrialismo”, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro e no Centro Cultural São Paulo, sendo autor do design da exposição e dos equipamentos expositores.
A partir de 1986, em sociedade com a designer Suzana Valladares Fonseca, criou o escritório UNIDESIGN Edição de Informação Ltda, que permaneceu ativo até 2021, com sua morte. Em UNIDESIGN, realizou importantes projetos na área de design de exposições, design editorial, identidade visual de empresas, eventos e sinalização para Casa Roberto Marinho, Museu Nacional UFRJ, CCBB, Museu da Língua Portuguesa, Paço Imperial, Museu de Arte de Macau, Fundação Oscar Niemeyer, Fundação Casa de Ruy Barbosa, Centro de Arquitetura e Urbanismo, MASP, FAAP, INEA Instituto Estadual do Ambiente, Cia Vale do Rio Doce, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, entre outros.
Entre seus trabalhos premiados destacam-se a Imagem Gráfica da candidatura do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2004: RIO 2004; o Programa de Identidade Visual para o Complexo Turístico Cultural Recife-Olinda; e o o projeto de Identidade Visual do congresso da União Internacional de Arquitetos: UIA 2020 RIO (Ver Galeria Glaucio Campelo).
Gustavo Goebel Weyne
Cearense (1933-2012), como artista plástico esteve a frente do grupo Concretista do Ceará. Frequentou informalmente o IAC-MASP e, segundo WOLLNER (2003), “Mesmo assim, ao término das aulas, lá estava ele, interessado em olhar e discutir os trabalhos (…)”, começando assim sua relação com o design. Também em São Paulo, em 1952, começou a trabalhar no design gráfico da revista Atualidades odontológicas e, de 1955 a 1959, no Diários Associados de Fortaleza. Em 1959 veio para o Rio e participou do curso de comunicação visual ministrado por Otl Aicher e Tomás Maldonado no MAM. Logo depois, substituiu Arthur Lício Pontual no design gráfico da revista Módulo, de Oscar Niemeyer – onde aplicou seus princípios racionais de design editorial –, trabalhando também no jornal Hoje do partido comunista. Exímio tipógrafo, colaborou com o escritório de Aloísio Magalhães, onde desenvolveu alfabetos institucionais para sistemas de identidade visual de clientes. Outra parceria importante foi com Oscar Niemeyer, que teve início na Novacap – empresa construtora de Brasília, onde era responsável pela comunicação visual –, e continuou na revista Módulo. Goebel coordenou, junto com Karl Heinz Bergmiller, o Instituto de Desenho Industrial do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – IDI que atuou como um laboratório de pesquisas aplicadas do design, entre o final da década de 1960 e o final dos anos 1970, desenvolvendo de forma sistemática trabalhos nas quatro áreas em que estava organizado: Projetos, Exposições, Informação e Consultoria.
Sobre Gustavo Goebel Weyne, ver Depoimentos (de Glaucio Campelo e Rodolfo Capeto e outros).
Sobre Karl Heinz Bergmiller, ver Depoimentos (do próprio e outros).
Henrique Orlando Pires Alves
Designer pela PUC (1977), com habilitações em Comunicação Visual e Desenho Industrial. Fez pós-graduação em Metodologia do Ensino Superior na Faculdade da Cidade e Mestrado em Design na ESDI-UERJ (2015). Foi professor nos cursos de Design da Fundação Educacional Brasileiro de Almeida, da Faculdade da Cidade, do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), da Universidade Candido Mendes e da ESPM-Rio. Tem experiência em projetos na área de design, com ênfase em sistemas de sinalização.
IAC
Inaugurado em março de 1951, o Instituto de Arte Contemporânea (IAC) do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) tinha como objetivo preparar profissionais para a indústria brasileira em emergência. Foi idealizado pela arquiteta Lina Bo Bardi em conjunto com Pietro Maria Bardi, seu marido e diretor do MASP. O IAC foi uma das primeiras iniciativas nacionais na área de desenho industrial, encerrando as atividades no final de 1953. O instituto representava as ideias da Bauhaus no Brasil e seguia o modelo Institute of Design, em Chicago.
IDI-MAM
Instituto de Desenho Industrial do MAM, dirigido por Bergmilller e Pedro Pereira de Souza.
Sobre IDI-MAM, ver Biblioteca, ver Depoimentos (de Karl Heinz Bergmiller, de Pedro Luiz Pereira de Souza, de Bitiz Afflalo e Silvia Steimberg)
Isabel
Maria Isabel Rodrigues (conhecida como Bebel) é formada em Desenho Industrial pela ESDI (1972), especialista em Ergonomia pela FGV (1975) e pela Loughborough University do Reino Unido (1976), mestre em Educação/Design pela Instrucional, Syracuse University nos EUA (2003). Trabalhou no INT e atuou em Planejamento Organizacional na Dataprev.
Itiro Iida
Engenheiro de Produção pela Universidade de São Paulo (1965), físico pela Universidade de São Paulo (1966) e Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade de São Paulo (1971). De 1976 a 1977 foi coordenador do Programa de Desenho Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Foi professor na USP, na UFRJ, na UFPB e, atualmente, é professor do PPG Design da Universidade de Brasília. Tem experiência nas áreas de Engenharia de Produção e Desenho Industrial, com ênfase nos temas: ergonomia, planejamento estratégico, gerência industrial, desenho industrial, projeto de produto. É autor de livros clássicos do ensino de ergonomia como Ergonomia, Projeto e Produção.
José Abramovitz
Designer pela ESDI, 1972. Fez especialização em Ergonomia na FGV, Engenharia de Produto na Coppe/UFRJ e mestrado em Design na PUC Rio. Participou da primeira diretoria da ABDI do Rio, que tinha a regulamentação da profissão como um de seus objetivos. Integrou a primeira equipe de design do INT e teve escritório com os designers Alexandre Weissmann e Roberto Caldas. Foi professor nos cursos de design da PUC Rio, da UniverCidade e da UniCarioca. No Ministério da Indústria e Comércio –Secretaria de Tecnologia Industrial (STI) atuou na elaboração do II PBDCT no desenvolvimento de produtos e no acompanhamento e avaliação de projetos na área de desenho industrial.
Joaquim Redig
Graduado (1968), Mestre (2007) e Doutor (2017) em Design pela ESDI – Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi designer e diretor técnico do escritório Aloisio Magalhães e sócio fundador da PVDI Programação Visual Desenho Industrial (1966-81). Atualmente é titular do escritório Design Redig Associados (desde 1983).
Professor da PUC-Rio (desde 1975). Autor do primeiro livro teórico sobre design, escrito e editado no Brasil – Sobre Desenho Industrial (ESDI, 1977), entre outros, com destaque para Nossa Bandeira (Fraiha, 2009). Pesquisa a identidade brasileira e a obra e o pensamento de Aloisio Magalhães.
Como designer, tem projetos nas áreas de desenho de produto e de programação visual.
Karl Heinz Bergmiller (por Pedro Luiz Pereira de Souza)
Karl Heinz Bergmiller é um dos responsáveis pela implantação da profissão de designer no Brasil, de seu ensino e de seus conceitos básicos. Nasceu na Alemanha em 1928 e veio para o Brasil em 1959, estabelecendo-se inicialmente em São Paulo. Fez formação em design de produto na HfG-Ulm de 1951 a 1953, e neste período foi estagiário de Max Bill, cujos objetivos principais eram trabalhar um tipo de ensino superior renovador, livre e democrático, enfatizando a inteligência aplicada à indústria sob novas perspectivas técnicas e formais. Atraiu-o ao Brasil a ideia de um país novo, que também se industrializava e, curiosamente, também tentava se redemocratizar. Um país capaz de ousadias como a proposição de construir uma nova capital no interior quase desabitado e iniciar um processo de assimilação e geração de tecnologia própria e autônoma. Trabalhou, em São Paulo, no escritório Forminform (1959/61), juntamente com Alexandre Wollner, Geraldo de Barros, Ruben Martins e outros designers brasileiros, em projetos para algumas empresas como Indústrias Villares, Gelomatic, Unilabor, Móveis Ambiente. Ainda em São Paulo desenvolveu outros projetos (1961/64) para a Coretron, D.F. Vasconcelos, Singer, Equipesca, Brown-Bovery e outras. Em 1963 participou da estruturação da Esdi, Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro, ao lado novamente de Alexandre Wollner e de Aloísio Magalhães e Goebel Weyne. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1967 e passou a atuar também no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, estruturando seu Instituto de Desenho Industrial, definindo as bases para um trabalho de pesquisa aplicada na área do design para instituições públicas como o Ministério da Indústria e do Comércio (1971/73) e o Ministério da Educação e Cultura (1973/82). As Bienais Internacionais de Desenho Industrial realizadas em 1968, 1970 e 1972, patrocinadas pelo Ministério da Relações Exteriores, foram importantes referências para os trabalhos de divulgação e democratização da informação sobre o design, bastante escassas nessa época. As pesquisas desenvolvidas nas áreas de embalagem (Manual para planejamento de embalagens) e mobiliário escolar (Móvel escolar e Móvel pré-escolar) pelo IDI/MAM, serviram de balizamento para posteriores trabalhos desenvolvidos com as mesmas características. Paralelamente a essas atividades, Bergmiller prosseguiu suas atividades profissionais junto à área privada, especialmente no setor de móveis para escritório. Desenvolveu um trabalho exemplar para e Escriba Indústria e Comércio de Móveis em São Paulo (1960/90) e prossegue trabalhando para outras empresas da mesma área. A importância do trabalho de Bergmiller não se restringe à sua qualidade e a seus aspectos inovadores no Brasil. Ele se desenvolve num tempo de afirmação e construção de uma competência brasileira em áreas técnicas e pode ser apontado como um modelo de excelência nesse aspecto.
Leonardo Visconti
Leonardo Visconti Cavalleiro. Formado pela ESDI em 1967, em 1968 fundou o escritório Verschleisser/Visconti, em parceria com seu colega de turma Roberto Verschleisser. Entre os vários projetos do escritório, destacam-se os carros dos metrôs do Rio de Janeiro e de São Paulo, a Mobralteca, sistema móvel de atendimento a comunidades carentes e interioranas para o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), as identidades visuais de empresas como CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), CEG-Rio (Companhia Estadual de Gás) e o Hemo-Rio. Foi professor da Esdi de 1974 a 2009 e também da Escola de Belas Artes da UFRJ, do Centro Universitário da Cidade e da ESPM. Na UFRJ foi fundador e (duas vezes) diretor do curso de desenho industrial. Nos últimos anos trabalhou em exposições e livros relacionados à obra de Eliseu Visconti, seu avô, artista plástico de designer das artes aplicadas.
Sobre Leonardo Visconti ver Depoimentos (de Roberto Verchleisser)
Lessa
Carlos Francisco Theodoro Machado Ribeiro de Lessa. Economista com doutorado pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Foi reitor da UFRJ e presidente do BNDES e também um apaixonado pela cultura popular e pelo Rio de Janeiro, tendo o gosto por comprar e restaurar antigos prédios da cidade.
Lucy Niemeyer
Lucy Carlinda da Rocha de Niemeyer. Designer pela ESDI (1972), mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (1995) e doutorado em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002). Fez estágios de Pós-doutoramento no Programa de Pós-graduação em Design da PUC-Rio e na Unidade de Investigação em Design e Comunicação do IADE-U em Lisboa, Portugal. É professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e líder do Grupo de Pesquisa credenciado pelo CNPq “Design, Interação e Tecnologia”. Foi professora visitante e pesquisadora de Universidades em Portugal:Centro de investigação em Arquitetura, Urbanismo e Design da Faculdade de CIAUD/FAU-UL e IADE/ Universidade Europeia/ UNIDCOM, IADE/UP/UNIDCOM.
Luiz Blank
Designer pela ESDI (1969), no INT atuou nas áreas de Desenho industrial e de planejamento estratégico, trabalhou no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é consultor da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Maria Cristina
Maria Cristina Palmer Lima Zamberlan é formada em Desenho Industrial pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre e doutora em Engenharia de Produção pela COPPE-UFRJ. É membro do IEA -TC- Human Simulation Virtual Environment – International Ergonomics Association, do IEA Technical Committee Anthropometry – International Ergonomics Association e membro fundador e colaborador internacional do Grupo WEAR – World Engineering Anthropometry Resource. Foi chefe da Divisão de Desenho Industrial do Instituto Nacional de Tecnologia e chefe do Laboratório de Ergonomia do mesmo Instituto.
Maria Luiza
Maria Luiza Correa Pinto, designer pela PUC, era irmã de José Guilherme Correa Pinto (ESDI 1966 – 1970) que havia lecionado no curso preparatório da ESDI junto com outros mencionados anteriormente nesse depoimento.
Mary Vieira
Brasileira (São Paulo, 1927 — Basileia, 2001), foi artista ligada ao movimento concretista. Estudou em Belo Horizonte com Guignard entre 1943 e 1947, mas logo, seu interesse pela escultura, aproximou-a de de Franz Weissmann e Amilcar de Castro. Em 1951 foi para a Suíçaonde manteve estreito contato com Max Bill, que a convidou a integrar a última mostra do grupo Allianz e ingressar na Escola de Ulm (1953). Em 1966 tornou-se professora na Universidade de Basileia, cidade onde residiu até à sua morte em 2001. Entre seus trabalhos como designer gráfica, destacam-se os cartazes da mostra “Brasil constrói Brasília” (1957) – participação brasileira em mostra internacional de arquitetura em Berlim, e o selo do Brasil 500 anos.
Max Bill
Suíço, natural de Berna (1908 – 1994) foi um dos designers gráficos mais influentes do mundo, mas atuou também como designer de produto, arquiteto, professor, pintor, escultor e teórico de design. Seu trabalho tem como base o concretismo. Estudou na Bauhaus, sendo considerado um dos expoentes da escola e um de seus principais seguidores. Valorizava a simplicidade, clareza, lógica, na relação entre a matemática e o design e no uso de grids. Seu trabalho é marcado pela estética baseada na funcionalidade. Foi professor e diretor da Escola Superior da Forma de Ulm, considerada herdeira da Bauhaus. Foi figura influente na arte concreta e no design brasileiros, estando no país em 1951 –quando expôs no Masp e participou da I Bienal de Artes de São Paulo –, e em 1953, quando fez palestras no Rio e em São Paulo. Em 1956, esteve em contato com Niomar Muniz Sodré para ajuda-la a criar um curso de design para o Museu de Ate Moderna do Rio de Janeiro (que não se concretizou).
MEC-USAID
Série de acordos firmados entre o Ministério da Educação (MEC) e a United States Agency for International Development (USAID), entre 1964 e 1976, com intuito de promover assistência técnica e cooperação financeira à educação brasileira, abrangendo desde a educação primária (atual ensino fundamental) ao ensino superior.
Michel Arnault
1922-2005. Francês, chegou ao Rio com 26 anos, em 1948, cursou arquitetura e estagiou com Oscar Niemeyer. Foi importante designer de mobiliário, empresário da marca Mobília Contemporânea.
Ministro Pratini de Moraes
Marcus Vinícius Pratini de Moraes, economista, foi ministro da Indústria, do Comércio e do Turismo entre 1970 e 74. Mais tarde foi também ministro das Minas e Energia (1992), e da Agricultura e Abastecimento (1999 a 2003).
Nair de Paula Soares
Nascida em 1950, é formada pela ESDI, onde estudou de 1969 a 1972. É professora do curso de Design da Escola de Belas Artes da UFRJ, desde 2007. Desta Universidade recebeu o título de Notório Saber em Design, equiparando a sua condição funcional a de professores com doutorado. Entrou para a equipe da PVDI em 1973, tornando- se sócia em 1982. Hoje não mais na sociedade da empresa, nela continua a atuar como designer consultora.
Nikolaus Pevsner
Historiador da arte inglês, autor do primeiro livro de história do design, Os Pioneiros do Desenho Moderno, cuja primeira edição, inglesa, é de 1936, e a primeira em língua portuguesa de 1962.
Oberg
Lamartine Oberg. Membro do grupo de trabalho, estabelecido pelo governo do estado da Guanabara, para a criação da ESDI. Por isso, visitou instituições no exterior como a Escola de Ulm na Alemanha, o Royal College of Art em Londres, e a Kunstgewerbeschule em Zurique. Foi representante brasileiro no 2º Congresso do ICSID em Veneza, em 1961, e na 12ª Trienal de Milão. Foi professor de desenho técnico da ESDI de 1963 a 1967, também diretor do Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro, e criou os Institutos Técnicos Oberg – famoso curso particular de ensino de desenho.
Os quatro expoentes da história da ESDI
Foram os designers e professores mais importantes na definição do perfil pedagógico da Escola, e da criação de uma cultura esdiana. São eles: o pernambucano Aloísio Magalhães, o paulistano Alexandre Wollner, e o alemão Karl Heinz Bergmiller desde a formatação do projeto de criação da Escola. E ainda Gustavo Goebel Weyne desde o início do curso.
Sobre Aloísio Magalhães ver Depoimentos (de Joaquim Redig e de Nair de Paula Soares e Rafael Rodrigues) e Biblioteca.
Sobre Karl Heinz Bergmiller, ver Depoimentos (do o próprio, de Bitiz Afflalo e Silvia Steimberg e outros).
Sobre Gustavo Goebel Weyne, ver Depoimentos (de Gláucio Campelo e Rodolfo Capeto e outros).
Otl Aicher
1922-91. Um dos maiores designers gráficos alemães do século XX e um dos fundadores da Escola da Forma de Ulm, com a sua esposa Inge Aicher Scholl. Entre seus mais importantes trabalhos: o logotipo da Lufthansa, em 1969; o conjunto de pictogramas para os jogos olímpicos de Munique, incluindo o mascote Waldi, em 1972; e a família tipográfica Rotis, em 1988.
Paul Edgard Decurtins
Arquiteto suíço formado em Construção Industrializada pela Escola da Forma de Ulm, em 1960, casado com a brasileira descendente de alemães, Frauke Koch-Weser, ex-colega de Bergmiller na mesma escola. Entra para o corpo docente da ESDI em 1964, sendo responsável pela disciplina de Metodologia Visual, reforçando o caráter ulmiano da instituição. Depois de dois anos, retorna à Europa para continuar a trabalhar com arquitetura pré-fabricada.
Sobre Decurtins, ver Depoimentos (de Lucy Niemeyer).
P&D
Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design (teve sua 13º edição em 2018).
Pedro Luiz Pereira de Souza
Nasceu em Araraquara, São Paulo, em 1945. Formou-se na ESDI em 1971 e começou a lecionar na Escola no ano seguinte, continuando essa atividade até 2015. Foi vice-diretor da Escola de 1985 a 1988, e seu diretor de 1988 a 1992. Foi coordenador do IDI/MAM de 1972 a 1986, onde desenvolveu projetos, pesquisas e textos. Também estruturou e dirigiu o curso de Desenho Industrial das Faculdades Integradas Silva e Souza de 1982 a 1987. Como designer, trabalhou para diversas empresas como Escriba, Unibanco, Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, Brasilpar, entre outras. É autor dos livros Esdi biografia de uma ideia (1996) e Notas para uma história do design (1998).
Pignatari
1927 – 2012. Décio Pignatari foi publicitário, poeta, ator, ensaísta, teórico da comunicação e professor. Desde os anos 1950, realizava experiências com a linguagem poética, incorporando recursos visuais e recursos de fragmentação das palavras que culminaram com o movimento estético Concretista, que fundou com os também poetas Augusto e Haroldo de Campos. Foi professor de Teoria da Informação, na ESDI, desde 1964.
Pini
José Natal Ernesto Pini. Designer, formado pela ESDI em 1972.
PVDI
Escritório pioneiro em Design no Rio de Janeiro, fundado em 1960, inicialmente como escritório de arquitetura e design com o nome M+N+P, formado por Aloisio Magalhães, Luiz Fernando Noronha e Artur Lício Pontual. Rafael Rodrigues e Joaquim Redig tornam-se sócios de Aloísio Magalhães em 1976, quando a empresa então passa a se chamar PVDI Programação Visual Desenho Industrial. Nair de Paula Soares, formada pela ESDI (1972), era funcionaria do escritório, tornou-se sócia em 1981. Hoje continua como consultora do escritório e é professora do curso de Comunicação Visual da UFRJ
Sobre PVDI, ver Depoimentos (de Joaquim Redig e de Nair de Paula Soares e Rafael Rodrigues).
Rafael Rodriguez
Nascido em 1940 é formado em arquitetura pela antiga Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil, hoje UFRJ, onde estudou de 1961 a 1966. Foi professor de projeto de Programação Visual na PUC-Rio entre 1975 e 1985. Começou a trabalhar no escritório de Aloísio Magalhães, como estagiário, em 1964, tornando-se sócio, juntamente com Joaquim Redig, em 1976, quando a empresa passa a se chamar PVDI Programação Visual Desenho Industrial Ltda. Hoje não mais à frente da PVDI, nela continua a atuar, principalmente nos grandes projetos.
Rejane Spitz
Designer pela PUC Rio (1979), Mestre em Graphic Design pela Central School Of Art & Design, Londres (1983), Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1993), com Pós-Doutorado em Arte Eletrônica pela University of California/ Berkeley (2002). É Professora Associada da PUC Rio.
Renina Katz
Artista plástica premiada, lecionou Cor e Estruturas Bidimensionais na ESDI de 1967 a 1972. Estudou pintura e desenho na Escola de Belas Artes da UFRJ, e gravura no Liceu de Artes e Ofícios. Foi professora de gravura do Museu de Arte de São Paulo, do curso de formação de professores da FAAP e de Teoria da Cor da FAU/USP, no departamento de Comunicação Visual, onde mais tarde fez mestrado e doutorado.
Roberto Maia
Professor de fotografia da ESDI, foi fotojornalista premiado da revista O Cruzeiro, e o primeiro mestre e estimulador do cineasta Walter Carvalho, quando aluno da ESDI.
Rodolfo Capeto
Estudou na ESDI de 1976 a 1980, sendo professor da Escola a partir de 1992, e diretor por dois mandatos, de 2008 a 2015. Suas principais áreas de estudo e ação profissional foram a tipografia, o design de informação e o design editorial, mas atuou em campos diversos, da divulgação científica ao cinema. Um de seus trabalhos mais reconhecidos é a criação, em 2001, de família completa de tipos para o Dicionário Houaiss. Foi um dos designers pioneiros, no país, no uso dos processos digitais, desenvolvendo, em 1983, um formato de fonte vetorial. Compôs o Conselho Editorial de Design da editora Cosac Naify e integrou o steering committee do “Design Education Manifesto” do Icograda (atual Ico-D), publicado em 2011.
Roberto Verschleisser
Estudou na ESDI de 1963 a 1967. Em 1966 fundou, com Leonardo Visconti e Luiz Otávio Themudo, a Foco Comunicação Visual. Fundou em 1966, juntamente, um dos primeiros escritórios de design. Em 1971 participou da criação do curso de Desenho Industrial da Escola de Belas Artes da UFRJ, onde lecionou a partir de 1972. Associou-se a Leonardo Visconti no escritório Verschleisser / Visconti de1968 até 1996, desenvolvendo importantes projetos, como os carros do Metro de São Paulo e do Metro do Rio de Janeiro – para o qual também foram projetadas as salas de comando. Vencedor dos concursos para as marcas da Radiobrás, da CSN Companhia Siderúrgica Nacional, da CEG e da Portobrás. É sócio do escritório VD4 em conjunto com Marta Novo e Bruno e Carla Verschleisser, onde desenvolveu projetos para a sinalização do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, equipamentos para o Museu do, entre outros. Terminou em 1990 mestrado em História e Crítica da Arte na UFRJ. Completou em 2009 seu doutorado em design na PUC-Rio. Como pesquisador associado da ESDI, implantou em 2010 o Laboratório de Biomimética.
Silvia Steimberg
Designer formada pela ESDI em 1971, foi professora, na área de design de comunicação da mesma instituição, nos períodos de 1972 a 79, e de 1985 a 2015. Ainda na Escola, editou o jornal Esdinforma, coordenou a graduação e participou de conceituação de reforma curricular. Trabalhou na FUNARTE (1979-81), na Fundação Rio (1980-81), e no Programa Nacional de Museus (1983-1985). Teve relevante vínculo profissional com Karl Heinz Bergmiller, com quem trabalhou no IDI/MAM, onde foi assistente de coordenação e atuou em pesquisa, projetos e cursos.
Valdir Soares
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José Ricardo Cardoso
Zuenir Ventura
Jornalista e escritor, participou da Esdi desde o início de suas aulas, em 1963, até 1980, responsável pela disciplina de Comunicação Verbal. De repórter a editor trabalhou no Correio da Manhã, no Jornal do Brasil, nas revistas Visão e Veja e, atualmente, é colunista no jornal O Globo. Em 2015 foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras.
Ver sua coluna “Ela deu régua e compasso”, publicada em O Globo em 15/11/2014
Ver sua coluna “O choro ou a crônica”, publicada em O Globo em 11/2/2017