Gustavo Goebel Weyne

Cearense (1933-2012), como artista plástico esteve a frente do grupo Concretista do Ceará. Frequentou informalmente o IAC-MASP e, segundo WOLLNER (2003), “Mesmo assim, ao término das aulas, lá estava ele, interessado em olhar e discutir os trabalhos (…)”, começando assim sua relação com o design.

Também em São Paulo, em 1952, começou a trabalhar no design gráfico da revista Atualidades odontológicas e, de 1955 a 1959, no Diários Associados de Fortaleza. Em 1959 veio para o Rio e participou do curso de comunicação visual ministrado por Otl Aicher e Tomás Maldonado no MAM. Logo depois, substituiu Arthur Lício Pontual no design gráfico da revista Módulo, de Oscar Niemeyer – onde aplicou seus princípios racionais de design editorial –, trabalhando também no jornal Hoje do partido comunista.

Exímio tipógrafo, colaborou com o escritório de Aloísio Magalhães, onde desenvolveu alfabetos institucionais para sistemas de identidade visual de clientes. Outra parceria importante foi com Oscar Niemeyer, que teve início na Novacap – empresa construtora de Brasília, onde era responsável pela comunicação visual –, e continuou na revista Módulo.

Goebel coordenou, junto com Karl Heinz Bergmiller, o Instituto de Desenho Industrial do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – IDI que atuou como um laboratório de pesquisas aplicadas do design, entre o final da década de 1960 e o final dos anos 1970, desenvolvendo de forma sistemática trabalhos nas quatro áreas em que estava organizado: Projetos, Exposições, Informação e Consultoria.

Sobre Gustavo Goebel Weyne, ver Depoimentos (de Glaucio Campelo e Rodolfo Capeto e outros).

Sobre Karl Heinz Bergmiller, ver Depoimentos (do próprio e outros).